sexta-feira, julho 14, 2006

Quase...


Esta tarde, deitada na areia, sinto o vento percorrer o meu corpo,

sinto a tua essência à minha volta, respiro fundo e fecho os olhos ...

Passo a minha mão pelos cabelos que se revoltam no ar,

beijo o vento e sinto o sabor dos teus lábios,

abraço o sol e sinto o teu calor ...

Ouço-te a sussurrar ao meu ouvido aquilo que mais quero ouvir,

sinto o teu respirar na minha pele ... arrepio-me ...

Mas tu não estás aqui!

O meu espírito busca incessantemente o teu,

a minha alma não cala este sentimento ...

O amor louco que me deixa embevecida com a vida,

de sorriso nos lábios e alegria despojada no coração ...

Que doce loucura! Que loucura tão saudável!

Loucura que deixa qualquer um de bem com a vida ...

Que eu seja louca ...

Que eu seja demente ...

até não ser capaz de distinguir o que é loucura e sanidade.

Lembro-te e mordo os lábios ...

fecho os olhos e retenho a tua imagem,

sinto o teu corpo aproximar-se do meu,

o vento que provocas trás o teu cheiro até mim,

esse cheiro que me provoca, me dá arrepios ...

Abro os olhos e vejo-te ... mesmo ali, bem de perto,

tens quase os teus lábios colados aos meus,

quase sinto o teu gosto mas o

“quase” não chega ...

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

O quase chega sempre é preciso é esperar...

Rui

19 julho, 2006  

Enviar um comentário

<< Home