Quase...

Esta tarde, deitada na areia, sinto o vento percorrer o meu corpo,
sinto a tua essência à minha volta, respiro fundo e fecho os olhos ...
Passo a minha mão pelos cabelos que se revoltam no ar,
beijo o vento e sinto o sabor dos teus lábios,
abraço o sol e sinto o teu calor ...
Ouço-te a sussurrar ao meu ouvido aquilo que mais quero ouvir,
sinto o teu respirar na minha pele ... arrepio-me ...
Mas tu não estás aqui!
O meu espírito busca incessantemente o teu,
a minha alma não cala este sentimento ...
O amor louco que me deixa embevecida com a vida,
de sorriso nos lábios e alegria despojada no coração ...
Que doce loucura! Que loucura tão saudável!
Loucura que deixa qualquer um de bem com a vida ...
Que eu seja louca ...
Que eu seja demente ...
até não ser capaz de distinguir o que é loucura e sanidade.
Lembro-te e mordo os lábios ...
fecho os olhos e retenho a tua imagem,
sinto o teu corpo aproximar-se do meu,
o vento que provocas trás o teu cheiro até mim,
esse cheiro que me provoca, me dá arrepios ...
Abro os olhos e vejo-te ... mesmo ali, bem de perto,
tens quase os teus lábios colados aos meus,
quase sinto o teu gosto mas o
“quase” não chega ...
1 Comments:
O quase chega sempre é preciso é esperar...
Rui
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