quarta-feira, dezembro 27, 2006

O Ser Cometa ...

"Há pessoas estrelas, há pessoas cometas. Os cometas passam ... Apenas são lembrados pelas datas que passam e retornam ... As estrelas permanecem. Os cometas desaparecem ...

Há muita gente cometa. Passam pela vida da gente apenas por instantes, gente que não prende ninguém e a ninguém se prende. Gente sem amigos. Gente que passa pela vida sem iluminar, sem aquecer, sem marcar presença. Há muita gente cometa!

Importante é ser estrela. Estar presente. Marcar presença. Estar junto. Ser luz. Ser calor. Ser vida.

Amigo é estrela. Podem passar os anos, podem surgir distâncias, mas a marca fica no coração.

Coração que não quer enamorar-se de cometas que apenas atraem olhares passageiros. E muitos são cometas por um momento. Passam, a gente bate palmas, e desaparecem.

Ser cometa é não ser amigo. É ser companheiro por instantes. É explorar sentimentos. É ser aproveitador das pessoas e das situações. É fazer acreditar e desacreditar ao mesmo tempo.

A solidão de muitas pessoas é consequência de que não podem contar com ninguém. A solidão é resultado de uma vida cometa.

Ninguém fica. Todos passam. E a gente também passa pelos outros. Há necessidade de criar um mundo de estrelas. Todos os dias poder vê-las e sentí-las. Todos os dias poder contar com elas. Todos os dias ver sua luz e calor.

Assim são os amigos. Estrelas na vida da gente. Pode-se contar com eles. Eles são uma presença. São aragem nos momentos de tensão. São luz nos momentos escuros. São pão nos momentos de fraqueza. São segurança nos momentos de desânimo.

Olhando os cometas é bom não sentir-se como eles. Nem desejar prender-se em sua cauda. Olhando os cometas é bom sentir-se estrela. Marcar presença. Ter vivido e construído uma história pessoal. Ter sido luz para muitos amigos. Ter sido calor para muitos amigos. Ter sido calor para muitos corações.

Ser estrela neste mundo passageiro, neste mundo cheio de pessoas cometas é um desafio, mas acima de tudo uma recompensa. É nascer e ter vivido e não apenas existido."

quinta-feira, setembro 28, 2006

Medo

Fumo um cigarro na Varanda
Acalma-me ...
Olho a rua e vejo-me
numa pequena multidão.
Os barulhos que não consigo identificar ...
são muito confusos, muito altos.
No fundo somos todos iguais.

Todos nós sabemos o que é ter medo
todos nós temos ambições
e sofremos desilusões
todos vivemos de preocupações
que se vão sucedendo
todos sabemos que a vida não se repete
e que para todos os que aqui e ali
naquele preciso momento, por exemplo
mais tarde ou mais cedo
aquilo a que chamamos vida
sem saber o que dizemos,
vai acabar ...

Vou à varanda,
debruço-me na mesma
e sigo as pessoas que passam,
se juntam e se olham com medo.
De um ou de outro modo
se perdem.

quarta-feira, setembro 13, 2006

Ainda doente...

Queridos amigos-leitores deste blogue peço imensas desculpas pela minha longa ausência mas infelizmente estou doente.
Explicado o motivo não estranhem a falta de post’s e coméntários.
Sem forças e de cama há algum tempo prometo regressar assim que estiver melhor.
Aguardo recuperação brevemente ... Estou cansada de estar doente mas o "FuLaNo" lá de cima não quer que me falte nada ...

Beijoquitas Di

sexta-feira, agosto 25, 2006

Afago que não te mando ...


Sinto saudades do dia em que nunca nos encontramos.

Sim, daquele em que não nos vimos pela primeira vez.

Desse em que nunca te tive.

Daquele em que não falaste o que eu queria ouvir.

Da nossa primeira noite que jamais houve,
quando deixamos de conhecer-nos biblicamente até o desmaio.

Tenho sede da noite em que nem começamos a beber-nos.

Sinto fome dos momentos em que não estávamos um no outro,
devorando-nos gota a gota.

Poderia desenhar nos mínimos detalhes tudo o que não aconteceu.

O amor que não explodiu, o desejo que não cristalizou e
todo esse nada que não vivemos tão intensamente separados.

É uma saudade tão grande!

Uma saudade como se nunca tivesse acontecido.

Como este afago que não te mando e que nunca o receberás.

domingo, agosto 20, 2006

O que procuro?! Não sei...

Se caminho, se me empurram,
Se me perco, se me encontro,
O que procuro,
Não sei….

Sinto-me tão longe,
Tão perdida,
Tão só,
Não sei de mim, nem sei de ninguém…

Faltam-me as forças,
Tudo se foi, sem alguma vez ter sido,
Tenho tudo? não tenho nada?
Não sei…

Num mar frio imenso,
Sem rumo, segue a minha alma,
Perdida na escuridão,
Não sei se vivo, se morro…

Porquê,
Têm tudo que ser triste,
Onde estás?
Porque não sei de ti ?...

Eterna angústia do desespero,
Num céu escuro sem amanhecer,
Quero-te, quero-te tanto,
Mas, não sei procurar por ti…

Não sei mais quanto vou aguentar,
No frio da minha confusão,
Nada faz sentido,
Quando, não sei amar-te…

Acabei com tudo,
Cobardia, medo, ciúme,
Tudo se escapa, como areia nas mãos,
Não sei, meu amor, não sei…

O meu ser,
Feito do sabor das tuas lágrimas,
Quer dar-te tudo,
Mas, não sei dar-te nada…

Segue no teu mar meu amor,
Deixa-me só,
Talvez só, me encontre,
Que, não sei, fazer-te feliz…

Um dia que volte a mim,
E não sinta o teu calor,
Irei para a eternidade,
Com o peso das lágrimas de uma vida…

Mas, tenho medo,
Não quero fechar os meus olhos,
Tenho medo de partir,
Pois, sem ti, já não sei viver…

domingo, agosto 13, 2006

Queria saber


Não sei mais quem sou
No universo dos mortais
Já fui anjo,
Já fui duende,
Poetisa e muito mais...


Fui um grande porto de abrigo
Inseparável companheira
Lutadora, uma guerreira
Defensora dos inocentes
Dos mais sensíveis, das mentes
Perturbadas pela dor!


Fui o sol ao nascer da aurora
O luar em noites de lua cheia
O mais doce anjo na terra
Na qual não existia guerra!


Hoje, sinto-me assim...
Por vezes perdida
Como que sem vida...
Minhas preces esquecidas
Minhas asas caídas
As energias possuídas!


Ainda há quem me chame de anjo
Que transporto a bondade no olhar...
Talvez eu possa ser esse anjo
No momento de alguém sonhar...!
Mas...
Um anjo não explode, não fica furioso!
Não vive tempestades, tormentas
Semeia apenas o amor...


Assim, não sei mais quem sou...
O que fazer, O que sentir
Redimir-me ao meu destino...
Será essa a solução?
Deixar o mundo pegar fogo
Permitir que haja o sofrer
E com ele conseguir viver
Sinto que é o mundo onde estou...!
Mas antes, queria saber...
Apenas... Diz-me:

- Quem sou...???

terça-feira, agosto 08, 2006

Quero...

Queria ser capaz de ter as palavras certas para escrever o que me vai na alma... Mas não as tenho, sinto-me perdida no tempo e no espaço, perdida no meio das pessoas, no meio de ninguém...
Procuro os meus sonhos, aqueles que a ninguém confesso, procuro encontrar tudo aquilo que perdi e que nunca encontrei.
Sinto tudo como ontem, vivo no dia de hoje, preparando o amanhã...
Que me espera depois da noite? Que segredo me irá revelar o tempo?
Anseio, por uma vida, por um sentido, por um amor, por um sonho que já foi realidade...
Perdi-me no tempo...
Perdi-me em ti!
Quero voar pelo mundo, quero conhecer o que não conheço, quero amar o que não amo...
Quero encontrar um sentido para a vida...
Quero deixar sair o que me vai na alma...
Quero... ou será que, na realidade, não quero o que quero?
Sei o que procuro, sem saber o que quero...
Aspiro o ar que me envolve, que me lembra de ti...
Agarro-me à fina corrente invisivel que ainda nos liga e penso, penso no tempo, no espaço, no ontem, no hoje, no amanhã, penso no momento...
Deste-me tanto, deste-me tão pouco, deste-me o tudo e tiraste-me o nada!
Sou tua. Profundamente tua, completamente tua e nada mais que tua, quero ficar contigo... Quero voltar ao passado, quero parar o tempo, o que sinto, o que receio.
Quero que leias isto. Que saibas o quanto te amo... O quanto passo as noites em branco, em busca de ti... No frio que congelou a minha alma...
Quero que saibas que o tempo não passa, não mexe, não evolui...
Quero que saibas, o quanto significaste, significas e significarás para mim!
Tu és parte de mim! Eu sou parte de ti... Ambos somos o todo!

Nunca te esqueças de mim...

Do amor que te dei... Do amor que recebi!