Mar amigo

Contemplo o teu doce olhar sentindo esse teu próprio jeito de ser

com todas as tuas fases, encantos e desencantos ...

com todo o teu poder, o teu mistério e a doçura do teu sorriso.

Contigo partilhei os meus sonhos, os meus devaneios,

as minhas alegrias e as demais tristezas.

Tu sabes tanto de mim quanto eu sei de ti ...

entre nós não há segredos nem enredos,

apenas tu e eu!

Deu-me uma vontade tremenda de ver e sentir o meu mar ...

traz-me paz interior, dá-me prazer!

Páro e olho-o!

Deixo-me estar assim, a falar e a desabafar as minhas mágoas,

a contemplá-lo e a tentar tirar partido do que ele me diz.

Não importa quem anda pela praia,

estando aqui, eu estou só e num sentir egoísta tudo o que a

minha vista alcança é meu ...

porque eu amo o sol ... a areia ... o mar!

Mergulho como sempre faço sem medo e de braços abertos.

Como é bom sentir a água correr pelo meu corpo,

num toque, num abraço.

Fiquei presa no tempo,

num tempo em que tudo corria como agora, ao sabor da maré.

O mundo corria e eu corria com ele ...

Agora, o mundo continua a correr

e eu apenas quero correr para ti ...